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Essa confraria teve comparação Charmat x Champenoise, Syrah chileno do Vale Central x Vale do Limarí, um brasileiro BBB e um Goethe tranquilo. Vamos conferir?
Espumante Charmat x Espumante Champenoise
A diferença no método de produção do espumante tem, claro, reflexos no produto final. Já vimos em detalhe os dois principais métodos – o Charmat e o Champenoise – no episódio 12 (confira aqui) e no programa de hoje eu faço uma breve recaptulação. O fator chave é tempo de contato com as leveduras – o famoso sur lie.
Por logística, o tempo sur lie costuma ser maior quando o método de produção é o Champenoise, já que um “Charmat longo” requer a monopolização de todo um tanque por longos períodos de tempo, onerando o processo.
Por esse maior tempo de contato com as borras, é de se esperar que os espumantes tradicionais (feitos pelo método champenoise) possuam textura mais cremosa, sejam mais complexos e com aromas predominatemente de panificação. Já os Charmat serão mais frutados, leves e frescos.
Foi extamente isso que constatamos com os 2 exemplares da noite: o Aurora Procedências Brut Pinot Noir (primeiro 100% Pinot Noir vinificado em branco no Brasil) e o Lírica Crua, da Família Hermann.
Os tranquilos da noite
Margherita, o amor de Fausto
Entre os vinhos tranquilos da noite, estava o único Goethe tranquilo que o pessoal do ProGoethe nos enviou. Aromático, fresco e despretencioso – o Margherita (nome da namorada de Fausto, do escritor alemão que dá nome à uva) da Vinícola Quarezemin foi considerado ideal para tardes de calor à beira da piscina.
Conheça mais sobre os vinhos de Goethe, os únicos com Indicação de Procedência (IP) em Santa Catarina >>
Os chilenos
Os exemplares da nossa degustação eram chilenos: dois do Vale Central (sendo um deles “disfarçado” de brazuca – o Aurora Pequenas Partilhas Notáveis da América Carmenére) e um do Vale do Limarí, da região Coquimbo, mais ao norte.
Esses dois últimos vinhos da noite eram exemplares de syrahs chilenos: o La Joya, do Vale Central e o Vetas Blancas, do Vale do Limarí na região de Coquimbo. Confira as notas de degustação no áudio do programa.
A uva syrah é originária da França e produz seus melhores exemplares no Vale do Rhône, ao sul da Borgonha. Os varietais predominam no norte do vale, enquanto o sul favorece os blends com Grenache e Mersault – lembra dos famosos blends GSM?
Veja abaixo os rótulos dos vinhos e preço médio. Confira as notas de degustação no áudio.
Conheça mais sobre os vinhos e vales do Chile neste podcast e nesta Taça.
Fiquei curioso pelo goethe
Oi Ricardo! É super interessante mesmo essa história de como a uva se fixou na região e esse projeto dos produtores para conseguir a IP e agregar valor ao produto local. Os vinhos ainda são difíceis de conseguir fora de Santa Catarina. Dá pra comprar pela internet (https://vinhosdaterra.com.br/cat/0/0/1/brasil/3/goethe/0-30/asc-preco) mas o mais legal seria ir conhecer a região!