SV#72 – Receitinha show com vinhos para harmonizar

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J - o "Brunello" rosé
J - o "Brunello rosé"

Criando uma “tradição” no podcast, vamos encerrar o ano com uma receita simples e chique pra impressionar a galera e dicas de harmonização pra arrasar. Tintim!

 

Receita Simples Vinho #02

Mais um podcast com uma receita rápida e super simples de executar, mas que fica com cara de comida chique.

E como aqui é podcast de vinho, caprichei nas sugestões de harmonizaçãoTempo de preparo 20 minutos.

Ingredientes

Para 2 pessoas:

01 caixa de creme de leite (prefira o tipo fresco)

01 limão siciliano

100g presunto cru

Melão Orange (só serão necessárias 3 fatias de aproximadamente 1,5cm cortada em cubos)

Macarrão (prefiro o penne)

Preparo

Quem já domina bem a cozinha nem precisa de instruções pra preparar esse prato super fácil. Se esse não for o seu caso, confere o passo a passo no podcast.

Vinhos para harmonizar

Como eu disse no podcast, já “harmonizei” essa receita com vinho tinto várias vezes. Ninguém morreu.

Hoje em dia, já tendo aprendido tudo que aprendi e estando na minha fase “vinhos brancos”, tenho outras sugestões que, acredito, casam melhor com a cremosidade e toque defumado do prato.

Algumas sugestões a seguir.

Espumantes – praticamente infalíveis e com ótimo custo x benefício

Praticamente qualque espumante Brut ou mais seco (Nature ou Demi Sec – confira a escala de doçura dos espumantes nesse podcast >>) harmonizará bem com esse prato, mas aqui vão algumas sugestões que me agradam particularmente.

Esupantes sem degorge

Marco Antônio Salton, da Vinícola Valmarino, mostra as leveduras descansando na garrafa no processo sur lie

Aparentemente estão na moda aqui no Brasil – pra nossa sorte! Considero especialmente interessantes pela proposta didática – a maioria das pessoas desconhece a diferença entre os métodos tradicional e Charmat, e esses espumantes oferecem uma ótima oportunidade para aprender na prática. Se você também não conhece como são produzidos esses vinhos incríveis, não deixe de conferir o podcast SV#12 – Borbulhas.

Por terem tempo sur lie mais longo, esses espumantes são também mais complexos e interessantes para acompanhar pratos principais. Algumas sugestões:

  • Sur Lie – Família Valduga.  R$79,90 no site da vinícola >>
  • Lírica Crua – Vinícola Hermann. R$86,30 no site da vinícola >>
  • Cave Amadeu Rústico Nature – Cave Geisse. R$79,00 no site da vinícola >>
  • Nature Sur Lie 2015 (47 meses de autólise) – Vinícola Valmarino. R$97,00 no site da vinícola >>

Espumante custo x benefício – super achados

Um grande atrativo oferecido pelos espumantes nacionais é que dificilmente o vinho desagrada, mesmo os de preços mais interessantes. Minhas dicas:

  • Casa Verrone Brut: blend típico de Champanhe, com Pinot Noir e Chardonnay, elaborado pelo método champenoise e incríveis 5 anos sur lie! Pode ser encontrado por menos de R$52 reais! >>
  • Brut Marcus James (Aurora): dica de um dos colegas enólogo na Aurora. Esse espumante elaborado pelo método Charmat tem preço super acessível e, por ter rotatividade na prateleira mais baixa, acaba tendo uma boa evolução na garrafa. Ainda não provei mas estou tentada: R$28 >>

Vinhos Brancos

Dada a delicadeza do prato e o perfume do limão siciliano, eu optaria por vinhos brancos secos sem passagem por barrica ou com barrica discreta. Assim como no caso dos espumantes, um tempo sur lie – ou de contato com as leveduras mortas – pode agregar cremosidade e complexidade interessantes.

Uma ótima pedida de bom vinho branco nacional (aliás, excelente! Ainda mais considerando o custo x benefício) é o Chardonnay Pinto Bandeira da Aurora. Achei até pelo pechinchadérrimo preço de R$36,90 >>

Diferentão e com investimento maior

Aniello Soil – Pinot Noir branco: interessantíssimo blanc de noir patagônico. Aromas de morango e frutas vermelhas silvestres, acidez média alta, corpo untuoso e leve dulçor. R$110 >>

Vinhos rosé – o grande coringa da harmonização

Praticamente tão “curingas” quanto os espumantes mas ainda não muito populares entre os braasileiros, podem variar imensamente em estilo. Por preferência pessoal eu harmonizaria com vinhos mais delicados, de cor rosa mais clara – pele de cebola – e, novamente, com algum tempo de maturação sur lie para cremosidade e complexidade.

Minhas dicas a seguir.

Super preço:

Miolo Seleção Rosé R$26 na Werle Vinhos >>

Esse rapaz ficou bem famoso em 2019 por ter sido eleito num concurso às cegas o “melhor rosé do mundo”. Eu, claro, comprei pra provar. Infelizmente não gostei muito, mas como gosto é gosto e esse preço é realmente atraente, achei que valia a dica.

Custo x benefício

Garzón Pinot Noir Rosé – R$ 70 >>

Um dos meus produtores preferidos para vinhos brancos e rosés. Consistente e com preços bem interessantes nos produtos de entrada – como é o caso aqui. Com um estágio sur lie entre 3 e 6 meses, esse delicioso, fresco e delicado vinho adquire cremosidade e uma leve complexidade.

Extravagantes – porque às vezes a gente merece

VF – Vila Francione Rosé 2018 

Produzido a partir de 8 castas tintas: Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc, Sangiovese, Syrah, Petit Verdot, Pinot Noir, Merlot e Malbec. Bem delicado e complexo – essa Madonna sabe das coisas viu? R$120

O famoso vinho da Madonna (confere a história no podcast!). 

Habla Rita Rosé 2016 >>

A bodega espanhola ficou famosa por produzir um vinho no fundo do mar (um branco, não esse rosé). Esse rosé é feito na Espanha com uvas Syrah e Grenache trazidas da Provença francesa. Um ótimo vinho numa garrafa lindíssima, com tampa de vidro – um charme para ocasiões especiais.

J IGT Toscana (CASTELLO DI MONTEPÒ / JACOPO BIONDI SANTI) >>

Praticamente um Brunello rosé, produzido com o clone BBS11 pelo famoso produtor toscano Jacopo Biondi Santi. Por cerca de R$250, é certamente uma extravagância para o bolso e para os sentidos. Delicado e cremoso, com aromas de toranja e cerejas.

Créditos e agradecimentos

  • Obrigada aos apoiadores:

                           

  • Ao longo do programa de hoje você ouviu Black Eyed Peas: I Gotta Feeling
  • Na abertura, como sempre, tivemos Jane Monhit e Michael Bubblé com I won´t dance

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