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No episódio de hoje um passeio até o Uruguai para conhecer esses produtores com cara de mau – os Pisano. Não se assuste com as caras feias: os vinhos são dos mais delicados, elegantes e criativos del Paisito. De quebra falamos também em produção orgânica x sustentável, influência da pressão atmosférica no vinho e de urucubacas. Tintim!
Los Pisano malos: a história da foto
Já dizia o ditado: “quem vê cara não vê coração”. Pura verdade! Especialmente quando falamos dessa famosa foto dos “Pisanos malos”.
Surgiu numa brincadeira expontânea, como nos conta Daniel Pisano no áudio, e hoje já é marca registrada dessa vinícola butique da região de Progreso, no Uruguai.
Vinhos delicados e respeitosos
Pisano Artesanía en Vinos – lê-se no letreiro na sede da vinícola – refletindo a filosofia adotada pela familía na criação e produção de seus vinhos.
“99% orgânica”, como brinca Daniel – com foco em respeito ao meio-ambiente e ao consumidor, procurando a melhor expressão das variedades e do terroir.
Pitadas de picardía
A irreverência que se nota na foto de “cara feia” se combina à filosofia de mínima intervenção e produz vinhos inovadores não – mas sem perder a picardia, como se nota no famoso Verde Virgen – leve, refrescante e ligeiramente frisante ao estilo de Vinho Verde – e no espumante 100% Tannat – provavelmente único no mundo e um grande desafio enológico (o porquê do desafio eu explico no áudio).
Também dignos de nota – e comentados no podcast – são os dois varietais de Torrontés produzidos, nas linhas Cisplatino e Río de los Pájaros. De perfil mais delicado que os produzidos na vizinha Argentina.
Outro vinho que rendeu uma mini aula no podcast foi o blend de Tannat, Syrah e a uva branca Viognier.
E qual não foi minha alegria ao descobrir que Pisano RPF Petit Verdot está disponível no Brasil? Não poderia deixar de falar nesse vinho, origem do meu amor pela casta.
Eterno ícone
Por fim, e como não poderia deixar de ser, tratando-se de uma bodega uruguaia, um vinho ícone da casta que popularizou o país. Os vinhos da linha Pisano Arretexea são produzidos apenas nos anos excelentes e, no geral, são blends à base de Tannat. Com a histórica safra 2011 foi possível produzí-lo quase 100% Tannat – com apenas 3% de Petit Verdot.
Poderoso e ao mesmo tempo elegante, com apenas 13,5% de álcool e acidez delicada – perfeito para encarar uma bela pata de de cordeiro.
Ouça também
Créditos e agradecimentos
- Meu super agradecimento ao Niko Kozik, por ter intermediado o áudio com o Daniel Pisano para o programa e, claro, ao Daniel pela gentileza de nos enviar o áudio.
- Obrigada à Mistral pelo convite que viabilizou esse encontro
- Obrigada ao patrocinador
- Ao longo do programa de hoje você ouviu Pink: Hustle
- Na abertura, como sempre, tivemos Jane Monhit e Michael Bubblé com I won´t dance