SV#42 – Vinhos do Velho Mundo

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Fabiana Knolseisen, 01/07/2018

Foto: Colin and Linda McKie >>

Neste programa iniciamos nossa volta pelo mundo dos vinhos e não haveria melhor lugar para começar a viagem: o Velho Mundo. Mas o que é velho mundo ? Será que este rótulo “velho mundo” ainda significa alguma coisa? E que vinhos são esses?

Os Vinhos do Velho Mundo

Conforme anunciado, após aprender sobre vinho nos programas anteriores, especialmente os sul americanos, agora iniciamos viagens intercontinentais. Iniciamos onde o mundo moderno convencionou chamar de “velho mundo”. Mas o que é velho mundo? É um conceito difuso: para esse programa eu selecionei França, Itália, Alemanha, Espanha, Portugal, Grécia e Hungria. É, claro, uma abordagem preliminar, mas já apresenta um overview sobre os mais antigos países produtores de vinho e seus principais vinhos. #SQN

O Velho Mundo é velho mesmo?

Velho, é, mas não é “o” mais velho. Civilizações vêm produzindo vinho há milênios – antes de Cristo, diga-se. Antes, portanto, de França ou Itália existirem. O próprio conceito de “velho mundo” é bem novo: foi concebido nos anos 1970 entre os comerciantes ingleses para diferenciar  vinhos oriundos de lugares com forte regulação – como França e Itália – de lugares menos regulados – os novos, recém-chegados, desconhecidos e sem tradição. De lá para cá o mundo mudou muito: os novos daquele tempo já não são tão novos (nem desregulados) e novos novatos surgiram. Muitos especialistas consideram o conceito já ultrapassado, como eu comento no áudio, mas certamente ainda é muito difundido e popular entre os enófilos.

Vinhos do Velho Mundo comentados no episódio:

França: falamos dos espumantes de Champanhe, Pinot Noirs e Chardonnays da Borgonha, Gamays de Beujolais, blens GSM e varietais do Vale do Rhône, blends de Bordeaux, Sauternes e Sancerre, no Vale do Loire.

Alemanha: comentamos sobre os brancos, especialmente de Riesling, da estrutura de qualificação dos vinhos baseada na quantidade de açúcar no mosto e nas técnicas para elevar essa quantidade (inclusive os vinhos secos com uvas de colheita tardia – técnica que foi criada aqui, como já tínhamos aprendido no SV#23).

Itália: falamos dos Amarone, Reccioto e Ripasso della Valpolicella (que estão bem explicados no SV#23, apesar de serem vinhos secos) e dos Prosseco, no Veneto. Do Piemonte comentamos sobre Barolo, Barbaresco (ambos da uva Nebbiolo), Barbera e Asti. Da Toscana, vieram os Chianti, Brunello e Montepulciano – as várias expressões da Sangiovese – além dos Super Toscanos (assunto do episódio SV#16 inteirinho!). Também lembramos dos IGT, no sul: Negroamaro e Primitivo (tem o IGT e o Primitivo de Manduria DOC).

Espanha: daqui falamos sobre a Tempranillo e seus cortes na Rioja, cortes tintos do Priorat, Albariños das Rías Baixas e os Cava, especialidade da Cataluña mas também produzido em outras regiões autorizadas. Comentei também sobre a especialidade do sul – o Jerez – produzido sob o velo de flor e com a técnica da Solera (que tinham sido explicados mais detalhadamente no SV#23 e também no episódio sobre Casablanca por ter inspirado o vinho REvelado das Bodegas RE) e sobre o sistema de classificação dos vinhos por idade: Joven, Crianza, Reserva e Gran Reserva, que já tinha sido bem explorado no episódio #31 – Gran Reserva é melhor?

Portugal: já tínhamos falado sobre Portugal no SV#14, então apenas relembrei os Vinho Verde DOC, os tintos do Douro à base de Touriga Nacional e os fortificados Porto. Como curiosidade, comentei os vinhos de videiras pré-filoxera da região de Colares. Para se aprofundar >>

Grécia: apenas relembramos nossos já conhecidos vinhos de Assyrtico e Vinsanto, além da técnica de condução koulara (ver também SV#23).

Hungria: seguindo o modelo do curso WSET3, apenas relembramos o que já havíamos aprendido no SV#23 sobre os vinhos botritizados Tokaji – o rei dos vinhos e vinho dos reis.

É bastante informação, mas esse programa é só um risco na superfície. Com o tempo vamos aprofundando!

Saiba mais:

Muitos dos vinhos comentados neste áudio já tinham sido abordados nestes programas anteriores:

Se bater preguiça de ouvir os áudios, confira os vídeos resumidos: são só 5 minutos!

Agora teste seus conhecimentos com o quiz >> Quiz#02: Doces e Divinos

A degustação de especialistas que confrontou vinhos do Novo x Velho mundo está descrita aqui >>

A discussão sobre a atual pertinência dos termos velho/novo mundo é mais aprofundada aqui >>

Alguns dos termos comentados hoje já constam no ABC do Simples Vinho. Os demais ainda estou acrescentando.

Créditos:

João Bosco, Roberta Sá e Trio Madeira Brasil – De Frente Pro Crime

João Bosco explicando a melodia de De Frente Pro Crime

Na abertura você ouviu, como sempre, Jane Monheit e Michael Bubblet: I won´t dance

 

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