SV#168: Vinhos da Georgia – uma velha novidade

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Georgian qvevri wines Credit: National Wine Agency, Georgia

Os mais antigos artefatos para produção de vinho foram encontrados aqui. A própria palavra “vinho” – ghvino, em georgiano (ღვინო) – pode ter se originado aqui  Um país que tem uma palavra específica para designar a collheita de uvas e um nome específico (marani) para vinícolas que utilizam os famosos qvevris. Lar de mais de 500 variedades de uvas e onde o próprio alfabeto parece ser inspirado em videiras…

A Georgia – que vem produzindo vinhos há 8mil anos – está na moda! Bóra conhecer mais sobre essa velha novidade neste episódio,

Fontes consultadas

Site oficial Vinhos da Georgia >>

Master class WSG sobre vinhos da Georgia >>

Entrevistado Andre Baader (locoporvino) – wine hunter na Georgia >>

Editorial Wine-searcher.sobre Imereti >>

Georgian Wines (konstantin Braun) >>

Vinhos georgianos disponíveis no Brasil

Portfólio Wine7

Vinhos “caçados” pelos wine hunters @locoporvino, entrevistado no episódio e atualmente vivendo na Georgia.

Pheasant’s Tears

Produtor recomendado na masterclass do WSG. Chega ao Brasil pela Europa Importadora. A seguir a apresentação do produtor para o mercado brasileiro.
Release Pheasant's Tears

Fundada em 2007 pelo pintor norte-americano John Wurdeman e sua esposa Ketevan Mindorashvili, fundadora do grupo musical georgiano Zedashe, a Pheasant’s Tears nasceu do encantamento do casal pelo vinho local durante sua busca pela música folclórica do país. A vinícola está situada na vila de Sighnaghi, no leste da Geórgia.

Todos os vinhos da Pheasant’s Tears são feitos com uvas autóctones, fermentadas e envelhecidas em ânforas de terracota, os qvevri, os primeiros recipientes usados para a fermentação do vinho, com achados arqueológicos datando de 8000 a.C. Qvevri são vasos de argila revestidos com cera de abelha, que são enterrados no solo, onde a temperatura permanece constante, permitindo que os vinhos fermentem na temperatura natural da terra. Os qvevri da Pheasant’s Tears variam em idade, sendo alguns originários de meados do século XIX.

A adega foi construída no próprio vinhedo para minimizar os danos às uvas durante o transporte, permitindo a colheita e a prensagem antes das horas mais quentes do sol. Normalmente, leva apenas algumas horas para as uvas colhidas serem prensadas e colocadas no qvevri fresco.

Após ampla pesquisa, John descobriu cerca de 440 das 525 variedades originais. Hoje, a Pheasant’s Tears cultiva, de maneira biológica, as variedades Rkatsiteli, Saperavi e Kisi, em 29 hectares de vinhas espalhadas por todo o país. Um dos rótulos, o Poliphonia, é um field blend de 417 diferentes uvas que estão à beira da extinção, e do qual a Pheasant’s Tears faz parte de um projeto para preservar.

Os vinhos são produzidos com o uso de leveduras selvagens e mínima intervenção, como no passado. A atenção aos detalhes começa na colheita e dura até o transporte em contêineres refrigerados. Conforme os métodos tradicionais de vinificação georgiana, os caules mais maduros são adicionados às cascas, suco e caroços das uvas, tanto para os vinhos tintos quanto brancos. O tempo de maceração depende da variedade e do tamanho do qvevri, variando entre 3 semanas e 6 meses.

Dos 20 países que importam o vinho da Pheasant’s Tears, os mais entusiastas tendem a ser os mercados mais maduros e ecologicamente conscientes, como Escandinávia, Reino Unido, Japão, EUA e Canadá.

A Pheasant’s Tears conta ainda com um restaurante de cozinha local, que utiliza ingredientes sazonais, e recebe visitantes para degustações de safras antigas e cuvées experimentais.

A Europa Importadora traz para o Brasil os seguintes rótulos:

●         Mtsvane 2020 – Âmbar, 100% uva Mtsvane, vinhas plantadas em 2011, em solo de arenito, rocha calcária e argila.

●         Khikhvi 2019 – Âmbar, 100% uva Khikhvi, vinhas plantadas em 2011, em solo de arenito, rocha calcária e argila marrom.

●         Poliphonia 2020 – Tinto, field blens, com mais de 200 variedades de uvas, plantadas em meio hectare de terra, solo de arenito, rocha calcária e argila marrom.

●         Vardisperi Rkatsiteli 2022 – Rosé, 100% uva Vardisperi Rkatsiteli, vinhas plantadas em solo de arenito e quartzo.

●         Tsistka 2022 – Branco, 100% Tsistka, vinhas plantadas em 1975, em solo de argila amarela e sílex sobre rocha calcária.

●         Tsolikouri 2022 – Branco, 100% Tsolikouri, vinhas plantadas em 1975, em solo de argila e rocha calcária com pimenta e carbonato de cálcio, conhecida como pedra-limão.

 

Primitif

Vinho produzido na Georgia pelo francês Sébastien David e provado por mim na Feira Naturebas 2024. Um estilo laranja orgânico, natural e biodinâmico de aroma limpo e corpo médio.

Vinho Primitf >>

 

 

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