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Precisamos falar de Jerez por aqui. Mas antes, precisamos falar sobre o vêlo de flor!
Essa peculiar técnica de vinificação – marca registrada de Jerez e do Jura – confere qualidades características aos vinhos e vem chamando cada vez mais atenção de consumidores antenados e produtores curiosos. Virou febre na Argentina e conquistou entre outros, Alejandro Vigil.
E se você já provou os vinho do Vigil, provavelmente já provou vinhos feitos sob o famoso véu de leveduras. Bóra aprender um pouco mais sobre esse véu então.
Que tal provar vinhos com velo de flor?
Como eu comentei no episódio, os vinhos produzidos sob o vêlo de flor são uma febre na Argentina, especialmente entre os enólogos mais curiosos e antenados. Começar provando esses vinhos pode ser uma ótima ideia para se familiarizar com as características transmitidas ao vinho pela flor.
Embora alguns vinhos abaixo tenham sido produzidos integralmente sob o vêlo, há também blends (com x sem vêlo), fazendo com que a influência da flor seja mais sutil. Mesmo nos casos de crianza 100% sob vêlo, o tempo de contato do vinho com a flor argentina é, em geral, mais curto que nos mais tradicionais Jerez e Jura.
Como consequência, a influência da flor nos vinhos argentinos, novamente, fica mais para o lado da sutileza. E isso é ótimo! A força nos Jerezes e Juras pode chocar bebedores desavisados, causando estranheza e até traumatizando. Comecemos de leve, então. E pra quem gostar e quiser mais, no próximo episódio tem!
Outros vinhos de vêlo mencionados no episódio:
- Vernaccia di Oristano DOC (Sardenha) >>
- Tokaji Szamorodni (seco)
Podcast mencionado:
DOI – Denominazione di Origene Inventata (by Alberto Grandi)
Fontes consultadas:
Comparando vinhos em Jerez, Jura e Tokaji >>
Ciência da flor – o que está crescendo no meu vinho ? >>
Vêlo de flor >>
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Vinhos argentinos para se apaixonar pelo vêlo de flor
Começando light
- El Enemigo Chardonnay: um branco gordinho e de repeito por si só. Vinhedos em altitude (mantém frescor) e solos calcáreos. Estagia por barricas usadas e, em parte delas, o vêlo de flor se desenvolve. Tem aromas cítricos e de frutas amarelas mesclados a amêndoas e otras cositas más. Complexo, longo e delicioso. R$ 220 na Mistral. Nota: todos os vinhos brancos de Alê Vigil atualmente tem contato com vêlo de flor!
- Angélica Zapata Chardonnay: considerado um dos melhores brancos da Argentina. As uvas são do famoso vinhedo Adrianna, o chamado Grand Cru da América Latina (ouça a história desse vinhedo aqui). Parte do vinho envelhece sob vêlo. Não sei quanto, mas ele confirma no episódio! (ouça também aqui). Também do portfólio Mistral por R$292,40.
Para se aprofundar nos aromas e saboras do vêlo de leveduras
- Los Abandonados Semillón (Paso a Paso): está esgotado no Brasil por enquanto, mas os outros vinhos do Norberto são importados pela Família Kogan Wines.
- Altar Uco Edad Média e Altar Uco Edad Antígua: vinhos autorais do projeto pessoal do Juampi Michelini.
Confira esse vinho famoso que você talvez nem desconfie que tem vêlo de flor
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Participações especialíssimas:
Norberto Paes – Paso a Paso Wines
Juampi Michelini – Altar Uco, SuperUco e Zorzal
Alejandro Vigil – El Enemigo e Catena Zapata (áudio recortado do SV#86 – ouça na íntegra)
Anne Choné