Fabiana Knolseisen, 08/11/2017.
Talvez tenha te passado despercebido, mas não devia. Apesar de grande parte da atenção da mídia, especializada ou não, estar badalando a (nem tão nova) técnica da dupla poda, a Casa Verrone seguia sendo pouco conhecida pelos apreciadores de vinhos. Isso vem mudando com velocidade impressionante graças às premiações que a vinícola paulista vem coletando (Chardonnay Speciale 2015 foi o melhor chardonnay na Grande Prova Vinhos do Brasil 2016 e o Syrah Speciale 2015 o melhor tinto brasileiro na Expovinis 2017). A parte chata desse merecido reconhecimento é que os vinhos, de produção limitadíssima, vêm se esgotando rapidamente e os preços, consequentemente, subindo.
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Com sede em São José do Rio Pardo e vinhedos em Itobi, o projeto nasceu do encantamento de Márcio Verrone com o mundo dos vinhos e produziu seu primeiro “fruto” em 2010 com o apoio da Epamig. Para saber mais sobre a dupla poda e os vinhos de inverno, confira o SV#25.
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Ainda não há estrutura turística, mas os vinhos podem ser adquiridos diretamente com a vinícola ou algumas poucas lojas (encontre com o wine-searcher) e restaurantes. Eu fiz questão de trazer o espumante Brut pra Confraria#002 e foi um super sucesso! Pessoal se organizou e comprou 3 caixas! Confira no SV#24 e nas minhas notas de degustação:
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- Brut, Casa Verrone: corte típico dos champanhes, com chardonnay (75%) e pinot noir (25%) colhidas no ciclo normal (não é dupla poda!) num vinhedo localizado em Divinolândia, esse Brut ultra cremoso, fruto dos 2 anos sur lie. Os 9,5g/l de açúcar residual perfeitamente balanceados pela acidez tensa, borbulhas ultra finas, abundantes e persistentes. Um achado na faixa de R$50! – e Paulista, meu!!!
- Speciale Syrah 2015, Casa Verrone: Eleito melhor tinto brazuca na Expovinis 2017, este vinho de inverno mostra aromas de amoras e especiarias, na boca é elegante e bastante picante, com passagem marcante mas não agressiva. Acompanharia muito bem uma picanha suína na mostarda.
- Sauvignon Blanc 2016, Casa Verrone: assim como o syrah, o sauvignon blanc vem produzindo ótimos vinhos de inverno na serra paulista. Este aqui não decepciona: com acidez média e aromas cítricos e de maracujá.
- Rosé Syrah 2016, Casa Verrone: Esse rosé eu provei recém engarrafado – na foto dá pra ver que nem tinha rótulo ainda! O aroma adocicado engana: é bastante gastronômico, com acidez média alta e até um pouco tânico. Eu acompanharia um filé de St. Peter a belle meunière.
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Simples Vinho por Taça