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Os vinhos dos Vales da Uva e do Vinho Goethe são uma exclusividade brasileira ainda pouco conhecida internamente mas já valorizada no exterior. Vinho do bem. Já estava mais que na hora de falar desse projeto aqui no programa.
Vinho de Santa Catarina?
Sim! O pessoal mais antenado já vem ouvindo há algum tempo sobre a crescente qualidade dos vinhos produzidos no estado. Muito se fala dos vinhos de altitude, mas poucos mencionam os vinhos de mesa produzidos com essa uva única da região: a uva Goethe.
Vinho de mesa
Apesar da alma de vitis vinifera, já que mais de 85% de seu genoma advém da Moscato de Alexandria, a uva Goethe é uma uva híbrida pois os outros quase 15% vêm da uva Carter – vitis labrusca utilizada no cruzamento pelo cientista americano Edward Staniford Rogers, seu criador. Pela lei brasileira, apenas vinhos produzidos a partir de variedades vitis vinífera são considerados “vinhos finos” e portanto, os vinhos de Goethe devem ser rotulados como vinho de mesa- aprenda a decifrar rótulos e características da nossa legislação nesse outro programa >>.
O preconceito com a classificação “vinho de mesa” acaba fazendo com que muitas pessoas nunca cheguem a provar esses vinhos – o que nossa degustação mostrou ser um grande erro.
Vinho do Bem com Indicação de Procedência, técnicas sustentáveis e preservação da diversidade
O reconhecimento como produtos diferenciados e únicos do local, com a obtenção do selo de Indicação de Procedência, trouxe maior visibilidade e valorização a toda a região. Além de garantir a tipicidade única dos vinhos, regulamenta as práticas sustentáveis adotadas pelos produtores.
A iniciativa tem apoio – além de entidades brasileira de fomento ao desenvolvimento, como SEBRAE e Epagri – do movimento internacional Slow Food e está incluída na Arca da Diversidade, juntamente com outra espécie cultuada aqui no Brasil, a Peverella. A ONG Slow Food busca transformar os consumidores em co-produtores ao engajá-los em toda a cadeia produtiva, promovendo produtos bons, limpos e justos, num conceito batizado de ecogastronomia. Vale muito a pena conhecer melhor , tanto os vinhos quanto os projetos: ProGoethe >> e Slow Food Brasil >>.
Festa da Vendima e muito mais no Vale
Como eu comento no programa as cidades que compõe o Vale da Uva Goethe – Urussanga, Pedras Grandes, Morro da Fumaça, Içara e Nova Veneza – já dispõe de boa estrutura para receber os turistas interessados em conhecer seus vinhos e a cultura italiana, ainda bem notável por lá. Em janeiro acontecem as festas da vendima, em que é possível participar da colheita, pisa das uvas, degustações de vinhos e outros produtos típicos.
A visita às vinícolas, com degustação, é possível durante todo o ano. Combinando antes algumas também oferecem refeição e hospedagem entre os vinhedos. Contate as vinícolas >>.
Não muito longe dali é possível também conhecer os (cada vez mais) famosos vinhos de altitude de Santa Catarina (planejando um programa sobre o tema para breve!).
Turismo Ácool Free
Algumas fotos das atrações turísticas próximas ao Vale e que eu comento no programa – só para dar água na boca!
Créditos e agradecimentos:
- Obrigada ao pessoal do ProGoethe – pelo belo trabalho e atenção – especialmente à Patrícia Mazon por reunir esses ótimos vinhos que provamos
- Obrigada aos colegas de degustação, os enófilos e sommeliers: Diana Oliveira, Paulo Santos e Carine Hartmann
- Obrigada ao pessoal do Rubi Wine Bar pela atenção, serviço e cardápios excelentes e, ESPECIALMENTE por apoiar a apreciação de vinhos, oferecendo suas aconchegantes e bem localizadas instalações sem cobrar taxa de rola.
- Música de hoje: Enredo do Meu Samba – composição de Jorge Aragão e interpretação Slow Food do Nouvelle Cuisine
- Na abertura você ouviu, como sempre, Jane Monheit e Michael Bubblet: I won´t dance
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